Queda na população e infectividade de cigarrinhas em cinco das sete regiões avaliadas pela rede de monitoramento em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, são destaques no terceiro Boletim Técnico do Alerta Cigarrinha, divulgado nesta sexta-feira (10).

O município apresentou média de 18,6 cigarrinhas por ponto de avaliação, isso significa redução de 25% em relação a avaliação anterior, e 43% das armadilhas capturaram de seis a 20 cigarrinhas. O período dessa avaliação foi de 31 de janeiro a 06 de fevereiro.

Entre todas as regiões acompanhadas, o Distrito de Margarida apresenta a maior presença, com 45 cigarrinhas capturadas em média, no entanto esse resultado é 10% menor do que o apontado no segundo boletim, enquanto o Distrito de São Roque tem a menor presença do inseto (sete cigarrinhas), redução de 81% em relação a avaliação anterior.

Análise laboratorial

Para cada região de monitoramento foram coletadas amostras de cigarrinhas nas armadilhas que capturaram o maior número de cigarrinhas, para analisar se elas estão ou não contaminadas com os molicutes (Candidatus Phytoplasma asteris e Spiroplasma kunkelii) e o vírus da risca do milho (Maize Rayado fino virus – MRFV).

O resultado da primeira análise laboratorial referente a captura de cigarrinhas no período de 16 a 23 de janeiro pode ser visualizada na Tabela 1 do Boletim Técnico N 3 – Alerta Cigarrinha e a presença de pontos positivados com patógenos no mapa (Figura 1).

Figura 1 – Distribuição das armadilhas, grau de infestação e infectividade (+) com patógenos no período de 30 de janeiro a 06 de fevereiro no município de Marechal Cândido Rondon. Cores identificam o grau de infestação.

Nessa avaliação, os resultados apontam para três pontos positivados com Fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris), agente causal do enfezamento vermelho, na sede municipal e nos distritos de Margarida e Porto Mendes e um ponto positivado com Espiroplasma (Spiroplasma kunkelii), agente causal do enfezamento pálido localizado no distrito de Novo Horizonte.

“Nenhuma amostra acusou a presença do vírus da risca do milho. Até este momento percebe-se flutuação populacional com altos e baixos, possivelmente devido a forte migração das cigarrinhas em busca de milho novo”, aponta o boletim.

Acompanhamento do Alerta Cigarrinha

O jornal O Presente Rural realizou uma parceria com a equipe do Projeto Alerta Cigarrinha e será o veículo de mídia oficial para divulgação dos boletins técnicos.

Para acompanhar os resultados e informações do último monitoramento clique no Boletim Técnico N 3 – Alerta Cigarrinha.

Fonte: Ascom Ulsa/Adapar

opresenterural.com.br 12/02/2023