6 impactos das mudanças climáticas no agronegócio
Relatório divulgado nesta semana pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climática tem pontos de atenção para o setor produtivo
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Na segunda-feira (20), a síntese do relatório oficial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) foi divulgado. O material conta, por exemplo, com seis pontos que relacionam a situação climática com o agronegócio — no Brasil e no mundo.
1 — Secas e ciclones
É notável o aumento na quantidade de eventos extremos, dentre eles estão as ondas de calor, precipitação intensa, secas e ciclones extratropicais.
2 — Insegurança hídrica
Esses eventos extremos reduzem a segurança hídrica e alimentar, mesmo com o aumento da produtividade agrícola.
3 — Riscos de incêndios florestais
Impactos direto nas lavouras: disponibilidade de água, afetando principalmente as pastagens e culturas de grãos. Aumento do risco de incêndios florestais, chuvas mal distribuídas (grandes períodos secos contra volumes elevados de água num curto período de tempo).
4 — Aumento do degelo
Outros sinais preocupantes são o aumento do degelo (Ártico e Antártica, principalmente), o aumento da acidificação, a redução da oxigenação e o aumento do nível dos oceanos.
5 — Emissões de gases
Segundo o IPCC, mesmo que zerar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) amanhã, o aquecimento de 1.5ºC já é irreversível até o fim do século.
6 — Solo ressecado no Brasil
Para o Brasil, os principais efeitos de acordo com o IPCC vão ser dias mais quentes no Sudeste e no Centro-Oeste, com solo mais ressecado em ambas as regiões e também no Norte. Isso impactaria em uma redução de 10% a 15% na produtividade agropecuária nessas áreas.
Como mitigar os impactos climáticos no agronegócio?
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Diante desse cenário, o IPCC listou algumas medidas que podem ser adotadas pelo setor do agronegócio para inibir esse aquecimento e evitar chegar a 2ºC. Ao todo, são oito itens nesse sentido.
Trabalhar na melhoria no cultivo;
Ampliar a gestão no armazenamento de água nas fazendas;
Investir mais em agrossilvicultura;
Reduzir emissões de metano e óxido nitroso;
Adotar abordagem mais sustentável do manejo da terra;
Ampliar o uso de biocombustíveis sustentáveis (biodiesel);
Diminuir as perdas até o produto chegar ao consumidor; e
Ampliar o consumo consciente sem desperdício (food loss — food waste).
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Editado por: Anderson Scardoelli.
canalrural.com.br 21/03/2023
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