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Biotecnologia Revoluciona Produção de Etanol no Brasil

Biotecnologia Revoluciona Produção de Etanol no Brasil

Uso de engenharia genética amplia eficiência industrial e abre novas perspectivas para o setor

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O setor de produção de etanol no Brasil tem apostado cada vez mais no uso da biotecnologia para aumentar a eficiência e a competitividade. Dados apresentados durante um evento da Lallemand Biofuels & Distilled Spirits (LBDS) destacaram avanços significativos no rendimento industrial, impulsionados pela adoção de leveduras geneticamente modificadas e outras inovações tecnológicas.

Nos últimos quatro anos, a BP Energy, uma das gigantes do setor, registrou um aumento do RTC (Recuperado Total Corrigido) de suas usinas, passando de 92,4% para 94,1%. Segundo estimativas da empresa, cada 1% de incremento representa ganhos de aproximadamente R$ 80 milhões anuais.

Inovação em Leveduras: Um Pilar de Eficiência

A utilização de leveduras biotecnológicas é apontada como um dos principais motores desse progresso. Atualmente, oito das 11 usinas de cana-de-açúcar da BP utilizam leveduras desenvolvidas pela LBDS.

"A inovação em leveduras tem sido um pilar para a eficiência industrial. Já passamos por mais de quatro cepas diferentes, sempre buscando melhorar os resultados," afirmou Lucas Carvalho, gerente de Engenharia e Processos Industriais Corporativos da BP. A meta da empresa é alcançar 95,2% de RTC nos próximos cinco anos.

Gabrielle Ramos, analista de Planejamento e Controle da Atvos, também destacou os benefícios dessa tecnologia. Segundo ela, o uso de leveduras geneticamente modificadas proporcionou um aumento de mais de 1% na eficiência da fermentação, além de reduzir a produção de subprodutos.

Raízen: Biotecnologia no Etanol de Segunda Geração

Líder na produção de etanol 2G (feito a partir de resíduos do bagaço de cana-de-açúcar), a Raízen considera o uso de leveduras e enzimas biotecnológicas essencial para o processamento da lignina, algo inviável com microrganismos convencionais.

"Queremos aumentar a eficiência desde a colheita dos resíduos até os processos dentro das usinas. Nosso plano de negócios é de longo prazo, mirando mercados regulados como o europeu, que valorizam biocombustíveis feitos a partir de resíduos," explicou Mateus Lopes, diretor global de Transição Energética da empresa.

Lopes ressaltou ainda que, com a amortização das plantas de etanol 2G, o custo do produto deve se tornar competitivo em relação ao etanol 1G e ao de milho, oferecendo um combustível premium com maior valor agregado.

Crescimento do Setor

Para Fernanda Firmino, gerente de negócios da LBDS no Brasil, o mercado nacional tem avançado significativamente no uso de biotecnologia. "O setor já entende que o futuro do etanol passa por investimentos em inovação, e o Brasil está na vanguarda desse movimento," afirmou.

Com o aumento do uso de biotecnologia, o setor de etanol no Brasil se posiciona não apenas como um dos mais eficientes, mas também como um dos mais promissores no mercado global, sobretudo em regiões que valorizam combustíveis sustentáveis e de alta performance.

Fonte: Portal do Agronegócio 

12/12/2024

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