COOPERATIVA AGRÍCOLA INDÍGENA DO MT CONSEGUE CRÉDITO RURAL VIA AGROFINTECH
Com os recursos, Coopiparesi, cooperativa agrícola formada por índios da etnia Haliti-Paresi, vai ampliar produção de grãos
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Em áreas próximas aos municípios de Campo Novo do Parecis e Sapezal (MT), quatro cooperativas de povos indígenas vêm deslanchando na produção mecanizada de grãos. Dados da Funai indicam que as lavouras cultivadas pelos indígenas na região ocupam cerca de 20 mil hectares de um total de 1,3 milhão, ou seja, apenas 1,7% da reserva é usada na atividade agrícola, ressaltando-se ainda que são perímetros já antropizados. Aproximadamente três mil indígenas são diretamente beneficiados com o projeto.
E uma das cooperativas, a Coopiparesi, da etnia indígena Haliti-Paresi, recentemente concretizou sua primeira operação captação de recursos financeiros, contando com o suporte da agrofintech Creditares.
"O trabalho desenvolvido por eles foi imprescindível para viabilizar a captação de recursos para nossa cooperativa junto às instituições financeiras. Nos últimos anos, passamos por um processo de formalização e organização da cooperativa, o que nos deixou aptos para obter os recursos necessários para o nosso custeio e investimento. Todavia, mesmo com tudo regularizado, não vínhamos tendo acesso aos recursos de bancos. Portanto, o trabalho realizado foi fundamental para mudar esta realidade, trazendo maior liberdade financeira para nosso povo Haliti-Paresi", destaca o diretor-presidente da Coopiparesi, Lucio A. Ozanaezokaese.
“Com a nossa entrada no sistema financeiro, o objetivo agora é aumentar o valor captado com os bancos safra após safra, diminuindo a dependência das operações de barter, uma vez que a compra à vista de insumos nos garante melhores condições comerciais e também liberdade na estratégia comercial de venda dos nossos grãos, nos trazendo mais rentabilidade", complementa o presidente da Coopiparesi.
O diretor de operações da Creditares, Daniel Latorraca, relata que os recursos foram liberados pelo Sicredi Sudoeste, enfatizando ainda que é importante destacar que toda administração e operação do negócio é feita por indígenas do povo Haliti-Paresi. “Nos últimos anos, eles vêm investindo na formação e capacitação dos colaboradores, contando com parcerias como a do Senar-MT. Os integrantes da cooperativa são altamente profissionalizados, tendo entre eles técnicos em agronomia, engenheiros agrônomos e de produção, o que fortalece a gestão eficiente, dando maior segurança também ao agente financiador.”
Fonte: DATAGRO
17/01/2023
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