Difíceis de controlar, os carrapatos em propriedades de leite devem ser combatidos em diferentes frentes
Alerta é do médico-veterinário Thales Vechiato, da Pearson Saúde Animal
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“Manter os custos sob controle na pecuária de leite é sempre um grande desafio para o produtor, mas há prioridades, como a sanidade, que não podem ser deixadas em segundo plano. O controle de enfermidades é um dos pilares que mais contribuem para garantir retorno econômico. Além disso, tem excelente custo-benefício”, afirma o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produto da Pearson Saúde Animal.
“O controle sanitário é o investimento mais barato que o produtor de leite pode fazer pelo seu rebanho. Ele não representa mais do que 5% do custo total e proporciona excelente retorno produtivo e financeiro”, complementa o especialista.
Os carrapatos estão na lista de prioridades sanitárias da propriedade, pois representam um dos mais importantes inimigos da produtividade. “Em relação a esses parasitas, a prevenção é sempre a melhor forma de diminuir os riscos de prejuízo”, assinala Vechiato.
O assunto é sério. Os carrapatos lideram a lista de ectoparasitas de bovinos do país, causando prejuízos de até R$ 15 bilhões ao ano à pecuária brasileira. No caso do leite, a infestação impacta diretamente a produção: as fêmeas começam a perder peso e, consequentemente, diminuem a produção diária. Em casos extremos, podem até vir a óbito.
“Os desafios em um país de clima tropical são ainda maiores. As altas temperaturas e as chuvas frequentes representam o cenário ideal para a rápida proliferação dos carrapatos. E não para por aí: a infestação do parasita pode ter um desdobramento secundário, como a transmissão de tristeza parasitária, doença responsável por perdas ainda maiores na produção, além de envolve abortos, elevadas taxas de mortalidade, redução da natalidade, altos custos de tratamentos e descarte do leite por presença de resíduos de produtos químicos usados no tratamento”, esclarece o médico-veterinário.
A infestação começa quando as larvas presentes na pastagem sobem no animal e se fixam na pele – iniciando a fase parasitária, que dura em média 22 dias. Quando chegam à fase adulta, sugam o sangue dos bovinos. O gerente de produto da Pearson Saúde Animal aconselha o manejo estratégico do ambiente, via rotação de pastagens, para diminuir a quantidade de parasitas no pasto. Isso é muito importante pois apenas 5% dos parasitas ficam nos animais. Os 95% restantes estão na pastagem. “O local tem impacto direto na infestação, influenciado pela carga parasitária, tipo de vegetação, massa de forragem acumulada e relevo”.
Para um tratamento completo, Thales Vechiato recomenda o uso de endectocidas. A Pearson disponibiliza Proatac Pour On, associação dos princípios ativos Fluazuron e Abamectina, que tem múltipla ação, funcionando de forma eficaz não só como carrapaticida, mas também mosquicida, bernicida e vermicida. “Após a aplicação, o ideal é que os animais voltem à mesma pastagem para que os carrapatos presentes no ambiente sejam combatidos pelo produto, controlando assim a infestação também ambiental. Além disso, seguir um protocolo de tratamento é fundamental para o sucesso do programa de controle estratégico parasitário na propriedade”, orienta o especialista.
Para que o controle seja eficiente a longo prazo, é preciso ter um rígido protocolo de biosseguridade, que incluía atenção à entrada de novos animais na fazenda, os quais devem ser tratados antes mesmo de chegarem ao novo ambiente e mantidos em isolamento durante algum tempo. “A infestação de carrapatos é um dos maiores problemas da pecuária brasileira. Essa é a razão de atuarmos em diferentes frentes que resultam no controle mais eficaz e com menor risco de prejuízo para a propriedade”, completa o gerente da Pearson Saúde Animal.
Fonte: Texto Comunicação
Portal do Agronegócio 13/03/2023
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