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Manejo Reprodutivo Equino: Abordagens e Avanços

Manejo Reprodutivo Equino: Abordagens e Avanços

Análise destaca a importância da biotecnologia na eficiência reprodutiva e no aprimoramento genético das raças equinas

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A equipe técnica da Ceva Saúde Animal apresenta uma análise abrangente do desenvolvimento da equinocultura em nível mundial, evidenciando a incorporação de biotecnologias de reprodução assistida como um fator crucial para o aumento da eficiência reprodutiva. Este avanço, por sua vez, resulta em ganhos significativos na cadeia produtiva e na performance animal, acelerando o aprimoramento de raças e linhagens.

Embora as éguas sejam poliéstricas (anuais ou estacionais), a maior parte delas atinge o pico de atividade ovariana durante as estações em que há maior duração da luz solar, como a primavera e o verão. Fatores como temperatura, escore corporal e nutrição também exercem influência sobre o ciclo estral. Vale ressaltar que a duração do ciclo estral pode ser irregular, especialmente no início e no final da estação de monta.

O conhecimento profundo do ciclo estral das éguas é fundamental para um manejo reprodutivo eficaz, permitindo um controle mais rigoroso sobre os protocolos a serem adotados, particularmente em relação à inseminação artificial (IA) e à transferência de embriões (TE). Compreender o ciclo estral facilita o monitoramento do momento exato da ovulação, permitindo determinar a época ideal para a inseminação e a transferência de embriões.

É amplamente reconhecido que a espécie equina apresenta grande irregularidade na duração do estro, especialmente quanto ao momento da ovulação. Essa variabilidade, somada às dificuldades em estimar a ovulação por meio de palpação e ultrassonografia, abre espaço para a utilização da hormonioterapia indutora da ovulação. Essa abordagem permite estimar a ovulação dentro de um intervalo de tempo específico, contribuindo para o aumento das taxas de concepção.

A previsão da ovulação é um pré-requisito essencial para um sistema eficiente de reprodução assistida. Portanto, compreender a fisiologia do crescimento folicular e os mecanismos de ação dos agentes indutores de ovulação é cada vez mais relevante. Além disso, ao considerar a transferência de embriões, é imprescindível que as éguas doadoras e receptoras estejam na mesma fase do ciclo estral para garantir o sucesso do procedimento. Sem uma sincronização prévia dos ciclos estrais, o útero da receptora não estará adequado para a implantação e desenvolvimento do embrião transferido.

Um dos principais motivos para a falha na reprodução é a administração de agentes indutores no momento inadequado do ciclo estral. O melhor momento para induzir a ovulação é quando a égua apresenta folículo pré-ovulatório, edema uterino e relaxamento cervical adequado. A maioria das éguas ovula entre 36 e 48 horas após a indução, embora essa variação possa ocorrer entre os indivíduos.

Diversos agentes hormonais indutores de ovulação estão disponíveis, sendo o HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) o mais utilizado. Além de induzir a ovulação, estudos demonstraram que ele pode ser ainda mais benéfico em casos de transferência de embriões, uma vez que está associado a uma maior incidência de ovulações múltiplas, favorecendo a taxa de recuperação embrionária e o aumento da produção de progesterona logo após a ovulação. Esses índices são esperados tanto na égua doadora quanto na receptora.

A transferência de embriões (TE) é a tecnologia de reprodução assistida que mais se desenvolveu na indústria equina nas últimas décadas. Seu princípio consiste na coleta de um ou mais embriões de uma égua com alto potencial genético (doadora), que tenha sido coberta ou inseminada com um garanhão de relevância, visando a produção de um potro com genética superior. Entre seis e oito dias após a ovulação da doadora (considerada como dia 0), é realizado um lavado uterino transcervical, e o embrião obtido é transferido para uma receptora previamente sincronizada. Éguas inseminadas com sêmen congelado devem aguardar um dia a mais para a coleta do embrião.

A técnica é recomendada para a reprodução de éguas com grande valor genético e/ou de competição, pois possibilita que o animal continue ativo, treinado e participando de competições enquanto sua prole é gerada, já que o afastamento das atividades rotineiras ocorre por apenas duas semanas. Esse cenário é diferente daquele enfrentado pelas éguas que levam a gestação a termo.

Apesar de o procedimento de TE exigir um investimento considerável, a simplicidade e o caráter não cirúrgico da técnica, quando executada corretamente, são associados a altas taxas de recuperação embrionária e prenhezes bem-sucedidas. Isso contribui para que o Brasil ocupe um lugar de destaque no emprego e desenvolvimento dessa tecnologia, ao lado de países como Argentina e Estados Unidos.

Fonte: Portal do Agronegócio

09/10/2024

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