No início deste mês, a Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou o Laboratório de Pesquisa em Processos Renováveis e Catálise, onde estão sendo realizados os primeiros ensaios para a produção de hidrogênio verde a partir de resíduos agroindustriais, como o bagaço da cana-de-açúcar.

Até o momento, os cientistas conseguiram produzir petróleo sintético através de processos químicos aplicados no bagaço da cana, combinados com energia renovável. O próximo passo é fracionar esse produto para extrair hidrocarbonetos renováveis, como o hidrogênio de aviação verde.

O laboratório é fruto da parceria entre a UFG e a Agência Técnica de Cooperação Alemã GIZ, que investiu cerca de R$ 4 milhões em equipamentos. A companhia também investiu na construção de mais dois centros produtores de combustíveis sustentáveis à base de resíduos agrícolas, um em Natal (RN) e outro em Curitiba (PR).

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor do projeto, Markus Francke, afirmou que a produção de hidrogênio verde no Brasil não requer muito esforço e que o País dispõe de energia renovável suficiente para o processo. “Essa é a grande vantagem no Brasil. E não precisamos aumentar a produção agrícola para isso [...] O agronegócio pode comportar todo esse desenvolvimento” disse Francke.

Fonte: DATAGRO

23/11/2022