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O tomate é mais benéfico do que se imagina

O tomate é mais benéfico do que se imagina

Incluir e priorizar alimentos naturais, como o tomate, no dia a dia é essencial na busca por uma vida saudável

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Versátil e saboroso, o tomate, definitivamente, não se resume a ser apenas um ingrediente culinário. Seja em saladas, molhos, assados, sopas, ou coadjuvante em outras preparações culinárias, esta fruta não só realça o paladar dos pratos, mas também proporciona vantagens incríveis para o nosso organismo.

A nutricionista Cris Ribas Esperança explica que ele é rico em nutrientes e compostos bioativos, e oferece uma série de benefícios para a saúde quando incorporado regularmente na dieta.

Segundo a especialista, o tomate, cientificamente chamado de Lycopersicum esculentum L., possui baixa quantidade de calorias e é uma excelente fonte de fibras.

“Essas características o tornam uma opção ideal para promover a sensação de saciedade e reduzir a fome, facilitando o processo de emagrecimento, além de proporcionar muitos benefícios para a saúde em geral”, salienta.

Cris Esperança enumera informações valiosas sobre as vantagens de se consumir o tomate com frequência para que se possa aproveitar, ao máximo, esse alimento na dieta do dia a dia.

São muitos os tipos de tomate, de cores e tamanhos distintos e usados em diversas e diferenciadas preparações
Foto: Divulgação

 

 

1. Faz bem para o coração por ser rico em potássio

De acordo com a nutricionista, o tomate é uma excelente fonte de potássio, que é essencial para a saúde do coração e do sistema nervoso. “A quantidade de potássio presente em apenas um tomate tradicional equivale a cerca de 5% da necessidade diária do mineral de um adulto”, ressalta.

Ela acentua ainda que o potássio desempenha papel crucial na regulação da pressão arterial, ajudando a controlar os níveis de sódio no organismo. “Além disso, esse mineral auxilia na função cardíaca adequada, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares”.

2. Pode ajudar na redução do LDL (colesterol ruim)

Cris Esperança destaca que o tomate contém uma substância chamada licopeno, responsável pela sua cor vermelha característica. “O licopeno é um poderoso antioxidante que pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL, conhecido como colesterol ruim”.

A especialista revela que estudos já mostraram que o consumo regular de licopeno está associado à diminuição do risco de doenças cardiovasculares, além de ajudar a proteger as células contra danos causados pelos radicais livres.

3. É um bom aliado para preservar a saúde ocular

“A saúde dos olhos é uma preocupação para muitas pessoas, e o tomate pode ser um ótimo aliado nesse aspecto”, afirma a nutricionista, “pois é a fonte de nutrientes essenciais, como a vitamina C, vitamina A, vitamina E e betacaroteno, que desempenham um papel importante na manutenção da saúde ocular”.

Ela orienta que esses nutrientes ajudam a proteger os olhos contra danos causados pelos radicais livres, reduzindo o risco de doenças oculares relacionadas à idade, como a degeneração macular.

4. Possui compostos bioativos com efeito antioxidante e anti-inflamatório

Além do licopeno, o tomate contém outros compostos bioativos, como a vitamina C, flavonoides e ácido fólico, que possuem potentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, informa a especialista em nutrição.

Esses compostos auxiliam, segundo ela, na proteção do organismo contra danos celulares, combatendo o estresse oxidativo e a inflamação. “Uma alimentação rica em alimentos antioxidantes pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas, como câncer, doenças cardíacas e neurodegenerativas”, sublinha.

“O consumo do tomate em seu estado completamente verde não é recomendado, uma vez que quanto mais verde estiver, maior será a concentração da toxina solanina. Essa substância pode causar sintomas como diarreia, diminuição dos batimentos cardíacos, confusão mental e aumento da frequência respiratória”, alerta a especialista.

Os tomates são muito usados como base para pizzas e brusquetas Foto: Divulgação

 

Preocupação com agroquímicos e incentivos aos tomates orgânicos

Os tomates estão entre os produtos hortigranjeiros mais sujeitos ao uso de defensivos agrícolas por causa das pragas e doenças que costumam atacar a planta. “Essa preocupação com resíduos químicos levou ao aumento da procura por tomates orgânicos, cultivados sem o uso de pesticidas sintéticos e seguindo práticas agrícolas naturais e sustentáveis, o que os torna uma opção mais saudável e amiga do meio ambiente”, registra a especialista.

Biodisponibilidade do licopeno quando o tomate é aquecido

Cris Esperança esclarece que o licopeno é um antioxidante presente nos tomates, responsável pela cor vermelha característica.

“A biodisponibilidade do licopeno aumenta quando o tomate é aquecido, como no caso de molhos e sopas, em comparação com o consumo de tomates crus. O calor ajuda a quebrar as paredes celulares dos tomates, facilitando a liberação do licopeno e tornando-o mais absorvível pelo organismo. Portanto, o consumo de tomates cozidos pode ser interessante para se obter os benefícios do licopeno”, ensina.

Na opinião da nutricionista, para se aproveitar todas as propriedades do tomate, é aconselhável consumi-lo com sementes e casca.

“Durante o processo de cozimento, também é possível adicionar uma pequena quantidade de azeite de oliva, pois essa gordura auxilia na absorção do licopeno”, aconselha.

o tomate contém licopeno, substância responsável pela sua cor vermelha, poderoso antioxidante que reduz os níveis de colesterol “ruim”( LDL)
Foto: Divulgação

 

Versatilidade do tomate na cozinha

Os vários tipos de tomate são extremamente versáteis na culinária e utilizados em ampla variedade de pratos. “Podem ser consumidos crus em saladas, sanduíches e wraps, além de serem adicionados como ingredientes principais, ou secundários, em molhos, sopas, ensopados e guisados. Os tomates também são frequentemente usados como base para pizzas, recheios de tortas e quiches”, destaca Cris Esperança.

Ela sublinha que a acidez natural da fruta acrescenta sabor e equilibra pratos salgados. “Além disso, os tomates secos ao sol são utilizados em receitas da culinária mediterrânea, realçando o sabor de vários pratos, como massas e saladas”.

A biodisponibilidade do licopeno aumenta quando o tomate é aquecido, como em molhos e sopas, em comparação com o consumo de tomates crus
Foto: Divulgação

 

Variedades

São muitos os tipos de tomate, cada um com suas características distintas e usados em diversas e diferenciadas preparações.

• Tomate-Caqui, Longa-Vida, Carmem ou Salada: Redondo/achatado. De cor alaranjada, com sabor adocicado e textura macia, perfeito para consumir in natura ou em saladas.

• Tomate Grapê: Variedade de tamanho pequeno, semelhante ao de uvas, e de forma oval. Possui sabor doce e suculento, sendo ideal para snacks, saladas e preparações culinárias diversas.

• Tomate Italiano ou Roma: Tem formato alongado e pontiagudo, é conhecido por ser perfeito para preparação de molhos, sopas e conservas, por causa de sua polpa firme e poucas sementes.

• Tomate Redondo: É o mais tradicional, com uma textura suculenta e sabor equilibrado.

• Tomate Holandês: Achatado e, em geral, de tamanho médio, embora seja também possível encontrá-los pequenos e grandes. É um tipo de tomate bastante coringa, podendo ser usado em saladas, molhos e até para fazer tomate seco. Mas é preciso ter cuidado, já que tem bastante água.

• Tomate-Cereja: Pequenos e redondos, geralmente doces e perfeitos para lanches e saladas.

• Tomate Beefsteak: São grandes e carnudos, ótimos para sanduíches e hambúrgueres.• Tomate Amarelo: Apresenta uma cor amarela vibrante e tem sabor mais suave em comparação aos tomates vermelhos.

Tomates-cereja são doces, pequenos e redondos de coloração vermelha ou amarela
Foto: Divulgação

Quem não deve consumir?

A nutricionista ressalta que, apesar de o tomate ser muito benéfico para a saúde em geral, existem casos em que o consumo não é indicado. “Pessoas que possuem pedras de oxalato de cálcio nos rins ou apresentam risco aumentado para desenvolver esse problema, como alterações nas funções renais, predisposição genética, baixa ingestão de água ou consumo excessivo de sal, devem evitar o consumo”, alerta.

Cris Esperança orienta ainda que, “devido ao seu alto teor de acidez, o tomate pode causar desconforto, queimação e má digestão em indivíduos com refluxo, gastrite e úlceras gastrointestinais. Nesses casos, é recomendado evitar o consumo de tomate”, afirma.

Vida saudável

Porém, a especialista reforça que, além da prática regular de atividades físicas, a inclusão e consumo de alimentos naturais e nutritivos, como o tomate, com seus inúmeros benefícios, numa dieta cotidiana, equilibrada e nutritiva, resulta em qualidade de vida com saúde.

alavoura.com.br 04/09/2023

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