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O poder antioxidante da farinha de sorgo

O poder antioxidante da farinha de sorgo

Estudo sugere o potencial da farinha na prevenção de doenças neurodegenerativas, diabetes e doenças cardiovasculares (Foto: Laboratório de Nutrição Experimental da UFV)

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Uma pesquisa registrou que o consumo de farinha integral de sorgo aumentou os marcadores de resposta antioxidante em cérebro de ratos e ainda atuou em mecanismos relacionados à sensação de saciedade. 

Os estudos foram feitos com o sorgo BRS 305, desenvolvido pela Embrapa, e envolveram pesquisadores da Empresa, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A pesquisa, intitulada Dry heat whole Sorghum BRS 305 flour modulate satiety and improves antioxidant response in brain of Wistar rats fed with high-fat high-fructose diet (“O calor seco da farinha integral de sorgo BRS 305 modula a saciedade e melhora a resposta antioxidante no cérebro de ratos Wistar alimentados com dieta rica em gordura e frutose”) está publicada no periódico Food Research International.

Na nova pesquisa, o consumo de farinha de sorgo foi capaz de aumentar os marcadores de resposta antioxidante. Isso significa que o produto estimulou a atividade antioxidante do organismo em resposta ao estresse oxidativo, demonstrando os efeitos benéficos dos compostos da farinha.

“Esse fato demonstra que o cereal exerce uma função de neuroproteção, podendo prevenir o surgimento de doenças neurodegenerativas, que tem seu risco aumentado em consequência da adesão prolongada ao padrão alimentar ocidental”, pontua Haira Guedes Lúcio, uma das autoras do estudo.

Embora a dieta acrescida com a farinha não tenha alterado o ganho de peso dos animais, o sorgo foi efetivo para diminuir a expressão gênica de marcadores relacionados à atividade dos centros de saciedade. 

“Mais estudos são necessários para investigar o potencial modulatório das antocianinas nos mecanismos de saciedade”, pondera Guedes.

Menor risco de diabetes e doenças cardiovasculares

As pesquisadoras Haira Guedes e Hércia Martino, também autora do estudo, no Laboratório de Nutrição Experimental da UFV. Foto: Laboratório de Nutrição Experimental da UFV

Outra autora da pesquisa, Valéria Queiroz, ressalta que existe uma demanda crescente por alimentos que possam promover a saúde e a prevenção de doenças.

“O híbrido de sorgo BRS 305 possui altos teores de compostos com propriedades antioxidantes que podem contribuir para redução do estresse oxidativo, ou seja, do acúmulo de radicais livres, os quais são prejudiciais quando em excesso no organismo.”

Os grãos e a farinha do BRS 305 também possuem elevada concentração de amido resistente, composto semelhante à fibra, que proporciona inúmeros benefícios para a saúde.

“O amido inibe o crescimento de células cancerígenas do cólon, contribui para a queda do índice glicêmico do alimento e, consequentemente, para uma menor resposta insulínica, auxiliando no tratamento de diabetes, principalmente do tipo 2”, destaca Queiroz. 

“Também promove a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e contribui para a perda de peso, pois, como se trata de uma fibra insolúvel, junto com ela ‘arrasta’ moléculas de gordura e de açúcar que serão absorvidas pelo organismo mais lentamente”, pontua Queiroz.

Propriedades do cereal

Farinha e Grãos de sorgo BRS 305 sob o extrator de lipídios utilizado para a condução das análises de composição centesimal. Foto: Laboratório de Nutrição Experimental da UFV

O cereal possui alto teor de taninos e antocianinas, e a cultivar sorgo BRS 305 conserva melhor o amido resistente, mesmo depois de ser submetido a tratamento térmico a seco e usado em forma de farinha integral.

“Essa farinha apresentou, também, altos teores de compostos com atividade antioxidante como taninos, com 73,83 miligramas de catequina por grama de amostra, compostos fenólicos totais de 24,03 miligramas de ácido gálico equivalente por grama e antocianinas, com 0,26 miligramas de luteolinidina por grama). Essas substâncias são as responsáveis pela saudabilidade desse alimento”, explica Valéria Queiroz.

A farinha integral crua de sorgo BRS 305 apresentou cerca de 13% de proteínas, 3,6% e de lipídeos, 2,9% de cinzas, 60,3% de carboidratos, 15,5% de fibra alimentar em um total de 20,9% de amido resistente.

A cientista conta que pesquisas com sorgo para consumo humano demonstraram que o calor seco retém mais compostos bioativos, como fenólicos e amido resistente, em comparação ao calor úmido. 

“Por isso, nesse novo trabalho optou-se por utilizar a farinha de sorgo proveniente de grãos previamente tratados com calor seco”, informa.

 

Fonte: Embrapa

alavoura.com.br 31/10/2023

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