O Brasil, a COP e a Pecuária
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Em novembro de 2025, a COP30 será realizada em Belém, na Amazônia brasileira. A Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável enxerga este ano como uma oportunidade para que o setor possa mostrar sua contribuição para a agenda do clima.
No final do ano passado, em Baku, o Brasil apresentou uma atualização de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) prevendo uma redução entre 59% a 67% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2035 em comparação com os níveis de 2005, reforçando seu compromisso de ter mais ambição na redução dessas emissões.
Para atingir essas metas, ao longo deste ano, o país irá construir de forma participativa seu Plano Clima, que incluirá planos setoriais de mitigação para redução das emissões e adaptação para fortalecer a resiliência do país às mudanças climáticas. A estratégia brasileira é transversal, abrange todos os setores da economia e considera a redução de todos os GEE. Os planos setoriais de Agricultura e Uso da Terra incluirão ações para zerar o desmatamento até 2030, restaurar florestas, recuperar pastagens degradadas e reduzir emissões agropecuárias.
A Mesa Brasileira pretende apoiar ativamente a construção do Plano Clima, destacando o potencial positivo da pecuária como parte da solução nas mudanças climáticas.
Há um grande potencial de redução de emissões na pecuária brasileira, seja por aumento de eficiência na produção, mas também pelo sequestro de carbono em pastagens e sistemas integrados.
Também é uma demanda da Mesa Brasileira que fatores de emissão para a pecuária sejam tropicalizados ou calculados segundo as condições de produção na realidade local.
Este ano, a Mesa Brasileira irá reunir seu posicionamento, contribuições ao Plano Clima, compromissos e propostas de seus grupos de trabalho (Rastreabilidade, Clima, Uso da Terra e Bem-Estar Animal) em uma Agenda para a Pecuária Sustentável, para orientar ações públicas e privadas no País. Esta Agenda também apresentará a definição de ações prioritárias para que a pecuária possa entregar de fato uma contribuição positiva, incluindo a necessidade de financiamento, inovação, regularização, assistência técnica a produtores e rastreabilidade.
A rastreabilidade tem sido um dos temas centrais na Mesa Brasileira, como ferramenta para garantias sanitárias e socioambientais. Durante 2024, apresentamos ao Ministério da Agricultura nossa proposta para a implementação de uma política nacional de rastreabilidade.
Por meio de um Grupo de Trabalho entre governo e representantes do setor, incluindo a Mesa Brasileira, foi elaborado e anunciado em dezembro o Plano Nacional para Identificação de Bovinos, que pretende expandir o uso de identificação individual em todo o território até 2032. No mesmo mês, também foi anunciada pelo Ministério a Plataforma Agro+Brasil Sustentável, que pretende integrar dados público que possam assegurar a conformidade e a sustentabilidade da produção, uma iniciativa onde também iremos contribuir ativamente.
A Presidência Brasileira da COP ainda irá definir temas chave para a Agenda de Ação, que acontece em paralelo à agenda de negociações. Mas seguramente a produção sustentável associada à segurança alimentar global (um tema chave na Aliança Global contra a Fome acordada no G20) fará parte dessa agenda.
Comissão Executiva da Mesa Brasileira
21/03/2025
pecuariasustentável.org.br
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