Produção de amendoim no Brasil mais que dobra em uma década
Expansão da cultura deve levar o país a superar 1,18 milhão de toneladas na safra 2024/25, impulsionada por rentabilidade, rotação com cana e demanda internacional
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Avanço expressivo na produção nacional de amendoim
A produção brasileira de amendoim mais que dobrou nos últimos dez anos, consolidando-se como uma importante alternativa agrícola. De acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA, a safra 2024/25 poderá ultrapassar 1,18 milhão de toneladas, impulsionada por uma expansão de área de 10% e aumento da produtividade estimado em 47% em relação ao ciclo anterior.
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2014/15 registrava 347 mil toneladas. Em 2023/24, mesmo com uma quebra de safra, o volume chegou a 734 mil toneladas, demonstrando o contínuo crescimento da cultura.
Uso na alimentação e vantagens agronômicas ampliam cultivo
Quarta oleaginosa mais cultivada do mundo, o amendoim tem atraído produtores brasileiros pela boa rentabilidade, alto valor nutricional e capacidade de auxiliar no controle de nematoides. Por essas características, vem sendo adotado como cultura de rotação em áreas de renovação de canaviais, especialmente no estado de São Paulo, onde clima, solo e infraestrutura favorecem sua produção.
No Mato Grosso do Sul, a oleaginosa tem surgido como alternativa à soja em regiões de solo arenoso, onde problemas climáticos têm prejudicado o desempenho da oleaginosa tradicional. A rusticidade do amendoim o torna mais adaptável a essas condições adversas.
Retomada após décadas de retração no cultivo
Embora o amendoim tenha sido relevante na agricultura brasileira até os anos 1980, perdeu espaço com o avanço da soja. No entanto, nos últimos anos, vem ressurgindo como uma cultura competitiva e lucrativa, especialmente em áreas que demandam rotação de culturas ou que enfrentam limitações para a soja.
Exportações lideram destino da produção brasileira
Apesar do crescimento do consumo interno, cerca de 75% da produção nacional é destinada ao mercado externo, com destaque para os embarques de grãos e óleo. O Brasil ocupa atualmente a segunda posição no ranking mundial de exportadores de óleo de amendoim, atrás apenas da Índia. No entanto, projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que o país pode se tornar o maior exportador global já em 2025.
Cenário externo pode pressionar preços em 2024
Apesar das perspectivas positivas para a produção, o Itaú BBA alerta para a possibilidade de queda nos preços internacionais do amendoim ao longo de 2024. Isso se deve às boas safras colhidas por grandes players como China, Estados Unidos e Índia, além da Argentina, que semeou uma área recorde neste ciclo. Esse cenário pode resultar em maior disponibilidade global da oleaginosa, pressionando os preços de exportação.
Fonte: Portal do Agronegócio
17/04/2025
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