O plantio de culturas transgênicas no Paraguai permitiu uma colheita recorde em solos degradados, segundo informou o Eng. FabioVega, extensionista do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG) daquele país. A área usada para os testes é caracterizada por ter um solo arenoso com conteúdo de areia superior a 80% nos primeiros 50 a 60 cm do solo. 

"O solo estava muito degradado, segundo os moradores da colônia, eram cerca de 120 anos de exploração agrícola e os produtores trabalhavam com o sistema agrícola tradicional, com aração, queima e aração, todos os anos, para que o solo estivesse se degradando mais e mais. Então começamos a trabalhar, iniciando o processo de recuperação do solo com o cultivo de adubos verdes”, disse. 

“Começamos com parcelas de sementes, porque elas não tinham adubos verdes, pedi sementes de outro grupo com o qual eu trabalhava na época e recebi cerca de 100 quilos de kumanda yvyra'i na forma de um empréstimo, com a condição de que retornassem o dobro 200 quilos. Distribuí mais ou menos 2,5 quilos de sementes para cada parceiro e eles fizeram sementes no primeiro ano, foi assim que começamos”, continuou. 

Ele também disse que no primeiro ano eles desenvolveram parcelas de sementes, no período seguinte fizeram parcelas de demonstração e foi implementada a semeadura direta no terceiro ano e somente no quarto ano de trabalho, os primeiros resultados puderam ser vistos. "Quando começamos, Don Trifón Ruiz Díaz produzia milho tupi pytá de 800 kg por hectare, seu algodão era de cerca de 680 kg por hectare e milho chipá de 700 kg por hectare, em solo altamente degradado", lembrou. 

“Depois, seu milho rendeu 7.000 kg por hectare e algodão 2.970 kg por hectare. O bom desempenho motivou o próprio ministro da Agricultura a visitá-los”, lembrou. 

Agrolink

Publicado em 11/06/2020