Agricultores familiares testam colhedora de algodão
Protótipo da Embrapa visa facilitar colheita de pequenos cotonicultores
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Os pequenos produtores de algodão de Catuti, no norte de Minas Gerais, estão testando uma nova ferramenta para auxiliar na colheita de algodão. O protótipo de uma colhedora desenvolvida pela Embrapa Algodão chegou a região com a ajuda da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa).
A máquina veio de Campina Grande (PB). Com isso os produtores do Semiárido Mineiro passam a contar com mecanização nesta atividade que é a principal fonte de renda da região e gera economia em mão-de-obra, uma entrave do setor principalmente com a Covid-19.
“Com o advento do protótipo, surge a possibilidade de reduzir custos com a colheita e, quase certo, de um risco menor de contaminação da pluma. Vislumbramos no futuro próximo maior incremento de renda com a produção de algodão familiar na região”, afirma o diretor executivo da Amipa, Lício Sairre.
Uma área de 80 hectares foi preparada, desde o início da safra 2019/20, para a experimentação do protótipo, um equipamento que não é automotriz e é adaptado para colher 1 linha por vez. Com a máquina o patamar do custo com a atividade mecanizada vai se aproximar dos 5%, bem inferior
ao da colheita manual, que pode chegar a 60%.
Como é a máquina
O protótipo consiste em uma colheitadeira de uma linha, acoplada em trator e reboque para armazenamento do algodão colhido.
A tecnologia apresenta, entre outras características, unidade de colheita de fusos, retirados de uma colhedora usada John Deere, modelo JD 9970, e chassi montado no sistema de três pontos do trator, de forma que a unidade de colheita trabalhe na sua lateral, colhendo uma única fileira de algodão.
Um aspecto fundamental para o bom desempenho do protótipo, citado pelo é a adequação da lavoura à colheita mecânica. Não pode ter sujeira, pedra, tocos, algodão tem que ser plantada em linha reta com plantadeira. Tem que ter
espaço para fazer a volta com o trator sem gastar tempo, não dá para fazer curvas em áreas muito pequenas. Se tiver uma fileira mais comprida, vai colher mais, com menos
manobras.
Para realizar o teste com o equipamento, o ideal é contar com
até duas pessoas para acompanhar o processo, ver se o algodão está caindo direito, e
um tratorista com habilidade. Importante também é uma lavoura adequada, ela não pode
estar úmida, porque o algodão vai embuchar.
Em termos de manutenção, a maior demanda da máquina é pelo engraxamento, que deve ser diário.
agrolink-06/07/2020
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