Hormônios da felicidade: saiba quais alimentos são capazes de ativá-los
Alguns nutrientes podem aumentar a produção de quatro neurotransmissores, que afetam diretamente nosso humor, como a dopamina, a serotonina, a endorfina e a ocitocina
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Quem nunca sentiu aquela sensação de prazer instantânea ao saborear um chocolate? Não é lenda dizer que a alimentação pode afetar diretamente o nosso humor. Aliás, muitas vezes, o bem-estar proporcionado pelos alimentos não vem apenas do sabor que agrada o paladar. A explicação para isso é muito mais científica do que parece.
Alguns alimentos têm nutrientes capazes de aumentar a produção de quatro neurotransmissores: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina.
Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios que auxiliam o cérebro na realização de suas funções, transmitem os impulsos nervosos e causam as sensações de prazer e bem estar.
“Existem dezenas de neurotransmissores que atuam nas diversas áreas do nosso cérebro através dos mais de 100 bilhões de neurônios que possuímos, mas os mais famosos são esses conhecidos popularmente como o quarteto da felicidade”, explica a psicóloga Maura Albano.
Os quatro neurotransmissores da felicidade
Dopamina
A dopamina é o neurotransmissor principal na regulação dos processos motivacionais. E é isso que nos faz agir para alcançar nossos objetivos.
Serotonina
Esse é o neurotransmissor conhecido por ser responsável por promover sensação de prazer e bem estar. “A ausência de serotonina no cérebro pode causar desconfortos e até mesmo a depressão. Por isso, vários antidepressivos auxiliam na captação de serotonina”, explica Maura.
Endorfina
É liberada no organismo diante das situações de dificuldades, como dor e estresse, com a função de atenuá-los. A endorfina funciona como um tipo de analgésico.
Ocitocina
É conhecida por ser responsável por promover sensação de confiança, auxiliando a criação de laços nos relacionamentos de modo geral.
“Atualmente, a neurociência comprovou que quando reunidas em grupo de amizade, as mulheres produzem uma quantidade maior de ocitocina, neurotransmissor que é ainda produzido no parto, na amamentação (relação mãe e bebê) e no orgasmo (relacionamento afetivo sexual)”.
A falta dos neurotransmissores provoca diversas alterações em nosso cérebro, desde pequenas mudanças comportamentais até quadros clínicos mais graves, como a depressão.
“Essa é uma doença que está associada a baixos níveis de produção ou de captação da serotonina. Um rebaixamento da dopamina leva à desmotivação e à tendência a adiar tarefas e compromissos, o que podemos chamar de procrastinação. Pesquisas em animais mostram que a falta de ocitocina leva a mãe a rejeitar seus filhotes”, explica a psicóloga.
10 alimentos que ativam os neurotransmissores
Quem possui hábitos alimentares saudáveis sofre menos com problemas como estresse, depressão e ansiedade. E alguns alimentos são essenciais para esse bem-estar que a comida tem o poder de provocar. Saiba o que não pode faltar na sua rotina alimentar:
Proteínas: Alimentos como carnes, ovos e leites (e seus derivados) possuem grandes quantidades de triptofano, um aminoácido que atua na formação da serotonina.
Aveia: além de ser fonte de triptofano, a aveia contém selênio em sua composição, um mineral que colabora para a produção de energia, aumentando também a dopamina. Os carboidratos presentes no alimento elevam os níveis de insulina e facilitam a absorção de triptofano. Por isso, dietas que cortam carboidratos costumam afetar negativamente o humor da pessoa.
Banana: Uma das frutas mais consumidas pelo brasileiro, a banana também é aliada para a sua felicidade. Além de ser fonte de carboidratos que estimulam a produção de serotonina, ela contém vitamina B6, importante na condução dos impulsos nervosos e na prevenção da ansiedade e irritação.
Vegetais com folhas escuras: Desde criança aprendemos que o espinafre é praticamente um produto mágico, que confere força e energia e ajuda na liberação de ocitocina. Mas não é só isso. O vegetal é fonte de potássio e ácido fólico, que ajudam nos quadros de depressão, esquizofrenia e no combate a doenças degenerativas. A ausência desses elementos causa cansaço, insônia, fraqueza e apatia. Outras hortaliças fontes de ácido fólico são a couve, o brócolis e a rúcula.
Oleaginosas: Alimentos como nozes, castanhas e amêndoas são fontes dos minerais magnésio, cobre e selênio, que reduzem o estresse e melhoram a memória.
Peixes e frutos do mar: Os peixes salmão e sardinha são fontes ricas de ômega 3, um ácido graxo que aumenta a produção dos receptores de neurotransmissores. O selênio e a vitamina B12 ainda combatem a ansiedade e o cansaço.
Pimenta: A capsaicina é o princípio ativo da pimenta que causa a ardência. Ela estimula o cérebro a produzir mais endorfina, hormônio responsável pela sensação de euforia e redução do estresse.
Laranja: Frutas ricas em vitamina C e cálcio, como a laranja e a acerola, são boas opções para o bem-estar porque a vitamina reduz a quantidade de hormônios do estresse no sangue e reduz fatores que indicam o estresse físico e emocional, como a perda de peso.
Chocolate: Como se sabe, o chocolate é um dos produtos que tem o poder de causar sensação de prazer. Isso acontece porque a versão amarga (que possui pelo menos 70% de cacau na composição) é fonte de triptofano e ainda possui teobromina, um alcaloide da família da cafeína que tem efeito estimulante. O magnésio ainda é eficiente para reduzir os indesejados sintomas da TPM.
Mel: Mais de 90% da serotonina é produzida no intestino e o mel é um importante regenerador da microflora intestinal. O adoçante natural ainda é fonte de triptofano.
Manter uma alimentação saudável é essencial para o bem-estar. Mas não somente isso. “Atitudes como atividades físicas regulares, ter momentos de prazer e relaxamento nos levam a ter uma boa qualidade de vida e nos auxiliam a produzir e a manter bons níveis de transmissores”, finaliza a psicóloga Maura Albano.
Fonte: Jasmine Alimentos
04/11/2020
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