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Praias brasileiras receberam mais de 5 mil pinguins em 2020

Praias brasileiras receberam mais de 5 mil pinguins em 2020

Projeto de Monitoramento de Praias, executado pela Petrobras, registrou um aumento de 35% no número de animais em relação ao ano passado

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Eles começaram a chegar por volta de junho, buscando as águas quentes do litoral brasileiro. Deixaram para trás o gélido inverno da Patagônia para nadar nas praias de Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

Levantamento do Projeto de Monitoramento de Praias, executado pela Petrobras, indica que o número de pinguins na costa do Brasil em 2020 atingiu a marca de 5.597 animais – um aumento de aproximadamente 35% em relação ao registrado no mesmo período de 2019.

Os animais são da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), comum nas Ilhas Malvinas, Argentina e Chile, e realizam anualmente movimentos migratórios sazonais para o Brasil entre os meses de junho e novembro. Santa Catarina é o estado com maior incidência, com o registro de 2424 pinguins; seguido de São Paulo (1756), Rio de Janeiro (com 830) e Paraná (com 556), respectivamente.

As equipes dos Projetos de Monitoramentos de Praias (PMPs) atuam diariamente no monitoramento das praias com foco no resgate de animais marinhos vivos debilitados e registro e análise de carcaças de animais mortos. O projeto é uma ferramenta para a gestão ambiental das atividades da companhia e entrega um resultado importante para a conservação das espécies marinhas.

“Trabalhamos em parceria com diversas instituições científicas e organizações não governamentais para a execução e eficiência deste projeto, que tanto colabora com os órgãos ambientais na conservação e na gestão ambiental”, explica Daniele Lomba, Gerente Geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras.

Tratamento

Pinguim de chinelo: alguns desses animais acabam passando muito tempo no processo de reabilitação, e podem desenvolver doenças nas patas por ficarem longos períodos fora da água. Foto: Petrobras

Todos os animais resgatados passam por tratamento veterinário e, após a estabilização do quadro clínico, retornam ao habitat natural. No momento, 80 pinguins estão em reabilitação nas unidades associadas ao Projeto: 25 no Rio de Janeiro, 18 em São Paulo e 37 na unidade SC/PR. Antes de serem devolvido ao mar, eles recebem um chip que permite o acompanhamento, caso reapareçam no litoral brasileiro.

Os animais muitas vezes são resgatados debilitados, machucados e exaustos, o que demanda um tratamento mais longo para que reaprendam a comer e a nadar sozinhos. A bióloga e coordenadora do Trecho 6 do PMP-BS, Camila Domit, explica que “alguns desses animais acabam passando muito tempo no processo de reabilitação, e podem desenvolver doenças nas patas, denominadas de pododermatites, por ficarem longos períodos fora da água”.

Buscando reduzir as consequências de longos períodos em cativeiro, o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Pontal do Paraná, localizado no campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), estruturado e mantido pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), desenvolveu um “chinelo” para os pinguins, evitado, assim, doenças nas patas por longos períodos sem nadar.

Os pinguins que estão utilizando o novo acessório estão em tratamento há três meses e, segundo os veterinários, os resultados são positivos.

Soltura

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Santos realizou no último domingo (13/12), em parceria com o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), a soltura de 15 pinguins, em Cananéia, litoral de São Paulo. A soltura foi realizada em alto mar, cerca de 20 Km da costa da Ilha do Cardoso, respeitando as condições de maré.

Adicionalmente, na quinta (17), em Araruama, interior do Rio de Janeiro, mais 13 pinguins foram devolvidos ao seu habitat natural, em parceria com a Econservation, empresa responsável técnica pela execução do PMP-BS no litoral fluminense.

Momento da soltura de pinguins de volta ao habitat natural. Foto: PMP

A veterinária Juliana Saviolli comenta que os animais foram encontrados na Região dos Lagos e em Angra dos Reis, com desidratação, hipoglicemia, subnutrição, traumatismo e hipotermia.

“Hoje, após estabilização do quadro clínico e ganho de peso, passam a maior parte do tempo nadando, ativos e aptos para o retorno à natureza”.

Fonte: Petrobras

29/12/2020

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