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Cavalos ajudam na qualidade de vida de pessoas com deficiência

Cavalos ajudam na qualidade de vida de pessoas com deficiência

A chamada equoterapia colabora com o aumento da força muscular, coordenação motora e equilíbrio, e ainda estimula a socialização, autoconfiança e autoestima dos pacientes (Foto: Prefeitura de Macaé/Divulgação)

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A equoterapia ou terapia assistida por cavalos é um método terapêutico que utiliza o cavalo, por meio de uma  abordagem que conecta as áreas de saúde, educação e equitação, para a melhoria do bem-estar físico, psicológico e social de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.

O pequeno Bento, de 3 anos, por exemplo, nasceu com síndrome de Down e começou a receber o atendimento em cavalo há apenas um mês. E neste período, a interação com o animal já melhorou a sua relação cotidiana com os brinquedos e as pessoas, segundo relato da sua mãe Silvania Maia. 

“A equoterapia já ajudou Bento, principalmente, com a postura, pois ele andava curvado e, nesse pouco tempo, já está andando com o corpo mais reto”, explica. 

Ela contou que recebeu o diagnóstico assim que ele nasceu, mas, nos primeiros três meses de gestação, já sabia que as chances eram altas de ele nascer com síndrome de Down devido ao exame de translucência nucal que fez durante o Pré-Natal. 

“A Equoterapia entrou na nossa vida para fazer toda a diferença”, concluiu a mãe. 

Bento é uma das 186 crianças que hoje participam do Programa de Equoterapia da Secretaria Adjunta de Atenção Básica da Prefeitura de Macaé, município do Rio de Janeiro. 

A cidade abriga um dos centros de excelência no país do método terapêutico que utiliza o cavalo como agente promotor de ganhos em nível físico e psíquico, que tem mudado para melhor a vida de muitas crianças e suas famílias.

Como funciona a equoterapia?

O pequeno Bento, de 3 anos, acompanhado pelos pais durante uma das sessões de equoterapia. Foto: Prefeitura de Macaé/Divulgação

A equoterapia é uma forma de reabilitação baseada na neurofisiologia tendo como base os padrões de movimentos rítmicos e repetitivos da marcha do cavalo. 

Ao caminhar, o centro de gravidade do cavalo é deslocado tridimensionalmente, resultando em um movimento similar ao da marcha humana com movimentos alternados dos membros superiores e da pelve.

Durante as sessões de equoterapia, ocorre a integração sensorial entre os sistemas visual, vestibular e proprioceptivo e envio de estímulos específicos às áreas correspondentes no córtex, gerando alterações e reorganização do Sistema Nervoso Central e, consequentemente, ajustes posturais e padrões de movimentos mais apropriados e eficientes.

O trabalho multidisciplinar busca o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais sendo valioso no tratamento de diversos problemas físicos, neurológicos e emocionais. 

A indicação é feita para diversas condições como paralisia cerebral; Transtorno de Espectro Autista (TEA); Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); e síndrome de Down, entre outras, auxiliando os pequenos, como Bento, na ansiedade, depressão, traumas e dificuldades sensoriais pela interação com o cavalo.

“A Equoterapia contribui para o fortalecimento muscular; equilíbrio corporal; desenvolvimento emocional; e coordenação motora, entre outros benefícios”, ressaltou Rosiane dos Reis, fisioterapeuta do programa em Macaé. 

“O trabalho é fruto do conhecimento e dedicação da equipe que atua em prol dessas crianças oferecendo o melhor tratamento e bem-estar”, destacou a coordenadora da Divisão de Fisioterapia e Reabilitação, Janiane Nunes.

 

 

 

Benefícios do tratamento

Atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular e conscientização do próprio corpo Foto: APAE de Taquarituba/Reprodução Facebook

A aquisição de maior mobilidade da pelve, coluna, adequação do tônus, maior simetria e melhor controle da cabeça e tronco podem explicar porque crianças com Paralisia Cerebral, por exemplo, após sessões de equoterapia, demonstram melhora na função motora global e nos parâmetros da marcha.

Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

Para quem é indicado?

A prática da equoterapia objetiva benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais de pessoas com deficiências físicas ou mentais e/ou com necessidades especiais, e está indicada para os seguintes quadros clínicos:

  • Doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico-metabólicas;
  • sequelas de traumas e cirurgias;
  • doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais;
  • distúrbios de aprendizagem e de linguagem.

Cuidados antes de iniciar o tratamento

A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe. Foto: Prefeitura de Macaé/Divulgação

Toda atividade equoterápica deve se basear em fundamentos técnico-científicos.

O atendimento equoterápico só poderá ser iniciado mediante parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica.

As atividades equoterápicas devem ser desenvolvidas por equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar, que envolva o maior número possível de áreas profissionais nos campos da saúde, educação e equitação.

As sessões de equoterapia podem ser realizadas em grupo, porém, o planejamento e o acompanhamento devem ser individualizados.

Para acompanhar a evolução do trabalho e avaliar os resultados obtidos, deve haver registros periódicos e sistemáticos das atividades desenvolvidas com os praticantes.

A ética profissional e a preservação da imagem dos praticantes de equoterapia devem ser constantemente observadas.

O atendimento equoterápico deve ter um componente de filantropia para que possa, também, atingir classes sociais menos favorecidas, para não se constituir em atividade elitizada.

A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe, tendo em vista:

  • o comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modificá-los, como por exemplo uma bola arremessada ou um tecido esvoaçante, nas proximidades do animal;
  • a segurança do equipamento de montaria, particularmente correias, presilhas, estribos, selas e manta;
  • a vestimenta do cavaleiro, principalmente nos itens que podem trazer desconforto ou riscos de outra natureza;
  • o local das sessões onde possam ocorrer ruídos anormais que venham assustar os animais.

 

Fontes:  Biblioteca Virtual em Saúde/ Ministério da Saúde e Prefeitura de Macaé

 

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