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Mato Grosso: O Gigante da Indústria da Carne

Mato Grosso: O Gigante da Indústria da Carne

Estado Se Destaca com Recordes de Produção e Exportação

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Mato Grosso solidifica sua posição como um dos maiores centros de produção de carne do Brasil, conforme revela um levantamento recente do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt. O estado abriga 89 frigoríficos e lidera o país na geração de empregos no setor, com um impressionante total de 23 mil postos de trabalho, correspondendo a 18% do total nacional.

A agroindústria mato-grossense tem sido um motor crucial para o desenvolvimento econômico do estado. A expansão das áreas de cultivo e a modernização das instalações industriais têm contribuído para um salto significativo na produção de carnes e grãos, que mais do que dobrou nos últimos nove anos. Em 2022, a produção alimentou 275 milhões de pessoas, ou 3,5% da população mundial, de acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec MT).

Mato Grosso mantém sua liderança no rebanho bovino nacional, com 34,4 milhões de cabeças, representando 15% da criação nacional. O estado também se destaca como o maior exportador de carne bovina do Brasil, com 450 mil toneladas exportadas para cerca de 80 países em 2023, o que representa 22,27% do total nacional e gerou US$ 2,1 bilhões em receita. A recente habilitação de seis novas plantas frigoríficas pelo governo chinês deverá impulsionar ainda mais as exportações, elevando o número de unidades aptas a exportar para a China para 14.

O grupo JBS/Friboi também reforçou sua presença no estado ao retomar as operações em Diamantino, investindo R$ 300 milhões na expansão da capacidade de abate, que agora atinge 3,6 mil cabeças de gado por dia, tornando o frigorífico o maior da América Latina.

Segundo Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt, “é fundamental não apenas abrir novos mercados, mas também agregar valor à nossa carne, que é de extrema qualidade. O setor frigorífico é um grande gerador de emprego e renda e possui um elevado potencial para o desenvolvimento das economias regionais.”

A indústria frigorífica é um dos maiores setores geradores de riqueza no Brasil. Cada real produzido pelo setor gera R$ 2,32 para a economia nacional, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Diversificação e Sustentabilidade

Mato Grosso também se destaca na produção e exportação de carnes de aves e suínas, beneficiado pela abundância de grãos para ração. Em 2023, a exportação de carne suína cresceu 44%, totalizando 31,1 mil toneladas, com uma receita de US$ 61,3 milhões, principalmente para Hong Kong, China, Vietnã e Angola. A produção de carne suína no estado foi de 269 milhões de toneladas, com 59% destinada a outros estados e 12% para o mercado internacional.

No setor de aves, a exportação cresceu 22,94%, alcançando 113 mil toneladas, com uma receita de US$ 225 milhões. O Japão é o principal comprador, seguido por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China e Iémen. Em 2023, o estado abateu 96 milhões de aves, com uma média de 1,8 kg cada, e o grupo União Avícola planeja investir R$ 180 milhões para aumentar a capacidade de abate de 140 mil para 200 mil aves por dia.

Compromisso com a Rastreabilidade e Sustentabilidade

Para garantir a conformidade com os critérios socioambientais, as indústrias frigoríficas estruturaram equipes internas para rastrear toda a cadeia de fornecimento. O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), implementou o Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem), visando a regularização de produtores bloqueados no sistema de compras dos frigoríficos.

“Essa ferramenta é essencial para monitorar áreas ilegalmente desmatadas e permitir que os produtores demonstrem seus esforços na restauração dessas áreas”, explica Caio Penido, presidente do Imac.

Além disso, o Instituto Senai de Tecnologia desempenha um papel crucial na garantia da qualidade da carne produzida em Mato Grosso, realizando análises laboratoriais para assegurar o padrão dos produtos e a confiabilidade dos dados.

A rastreabilidade é fundamental para garantir a segurança do consumidor e acompanhar o percurso da carne desde a produção até o consumo, refletindo o compromisso do estado com a qualidade e a sustentabilidade no setor.

Fonte: Portal do Agronegócio

05/08/2024

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