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IBGE projeta safra de 296,4 milhões de toneladas para 2024

IBGE projeta safra de 296,4 milhões de toneladas para 2024

Estimativa aponta queda na produção em comparação com 2023, impactada por eventos climáticos adversos

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em agosto de 2024, sua projeção para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas, estimada em 296,4 milhões de toneladas. O número representa uma queda de 6% em relação à produção de 2023, que atingiu 315,4 milhões de toneladas, ou seja, 19 milhões de toneladas a menos. Na comparação com julho deste ano, a redução foi de 1,65 milhão de toneladas, uma retração de 0,6%.

A área destinada à colheita em 2024 deve atingir 78,6 milhões de hectares, um aumento de 736 mil hectares em relação ao ano anterior, o que corresponde a um crescimento de 0,9%. Em comparação ao mês anterior, o aumento da área foi mais discreto, com apenas 8,8 mil hectares acrescidos (0%).

Os três principais produtos agrícolas do país – arroz, milho e soja – continuam a dominar o setor, representando 91,9% da produção estimada e ocupando 87,3% da área total cultivada. Entre os produtos que apresentaram crescimento de produção em relação a 2023, destacam-se o algodão herbáceo (11,2%), o arroz (2,1%), o feijão (5,2%) e o trigo (16,1%). Por outro lado, soja (-4,4%), milho (-11,0%) e sorgo (-11,3%) sofreram quedas expressivas. A produção de milho, em particular, foi afetada tanto na primeira safra (-17,1%) quanto na segunda safra (-9,4%).

A soja, com estimativa de 145,3 milhões de toneladas, permanece como o principal produto agrícola brasileiro. O milho, que totaliza 116,6 milhões de toneladas, sendo 23 milhões na primeira safra e 93,6 milhões na segunda, também segue entre os destaques, junto com o arroz, que deve alcançar 10,5 milhões de toneladas. Outras produções importantes incluem trigo (9,0 milhões de toneladas), algodão herbáceo (8,6 milhões de toneladas) e sorgo (3,8 milhões de toneladas).

Impactos climáticos e variações regionais

Em 2024, a produção agrícola brasileira foi fortemente impactada por adversidades climáticas. A estiagem e as altas temperaturas durante o ciclo de várias culturas, especialmente na primeira e segunda safras, prejudicaram a produtividade em diversas regiões. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas e enchentes retirou cerca de 5 milhões de toneladas da safra nacional, embora a maior parte das lavouras de arroz, soja e milho já estivesse colhida quando os eventos ocorreram. O IBGE disponibilizou um relatório detalhado sobre os impactos climáticos no estado, que pode ser acessado no site do órgão.

No comparativo entre as regiões brasileiras, o Norte e o Sul apresentaram variações positivas na produção anual, com 12% e 0,2%, respectivamente. Em contrapartida, as regiões Centro-Oeste (-10,3%), Sudeste (-11,7%) e Nordeste (-4,1%) registraram quedas significativas. Em termos mensais, o declínio foi observado em quase todas as regiões, com exceção do Centro-Oeste, que manteve a estabilidade.

Destaques da estimativa de agosto

Entre os produtos que tiveram variação positiva em relação ao mês de julho, estão a castanha-de-caju, com aumento de 4,1% (ou 5.902 toneladas), o algodão herbáceo, com 0,4% (36.547 toneladas), e o feijão de terceira safra, também com 0,4% (2.838 toneladas). Em contrapartida, produtos como o trigo (-5,4%), feijão de primeira safra (-4,8%), milho de primeira safra (-1,6%) e milho de segunda safra (-0,6%) registraram quedas, além de reduções na produção de café canephora (-4,4%), cevada (-2,9%), aveia (-2,4%) e soja (-0,1%).

O Mato Grosso se mantém como o maior produtor de grãos do país, com 30,8% da produção nacional, seguido pelo Paraná (13%), Rio Grande do Sul (11,9%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (7,1%) e Minas Gerais (5,6%). Essas regiões juntas somam 79% da produção total. A distribuição regional da produção é liderada pelo Centro-Oeste (48,8%), seguido pelo Sul (27%), Sudeste (9,1%), Nordeste (8,7%) e Norte (6,4%).

As variações positivas nas estimativas mensais foram registradas em estados como Roraima (21.596 toneladas), Bahia (15.006 toneladas), Amazonas (2.637 toneladas) e Rio de Janeiro (17 toneladas). Já os maiores declínios ocorreram no Paraná (-851.600 toneladas), Santa Catarina (-450.538 toneladas) e Minas Gerais (-129.711 toneladas), entre outros estados.

Com os dados atualizados, o Brasil segue monitorando as condições climáticas e seus impactos na produção agrícola, destacando a importância de estratégias de mitigação para eventos adversos, que podem comprometer o desempenho das safras futuras.

Fonte: Portal do Agronegócio

13/09/2024

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