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Modelo inédito de restauração florestal remunerada com créditos de carbono é lançado pelo Pará

Modelo inédito de restauração florestal remunerada com créditos de carbono é lançado pelo Pará

Vencedor da licitação vai recuperar a vegetação nativa em área pública de 10,3 mil hectares

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Durante a COP29, em Baku, no Azerbaijão, o governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou o edital de concessão da Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX).

A área, com 10,3 mil hectares localizada em Altamira, no sudoeste do estado, será recuperada por meio de um modelo inédito no Brasil, que prevê restauração ecológica por até 40 anos.

A concessão permitirá a restauração da vegetação nativa na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, com o concessionário remunerado pelo aproveitamento de créditos de carbono gerados durante o processo.

Estima-se que cerca de 3,7 milhões de toneladas de carbono equivalente sejam sequestradas, o que equivale a 330 mil voltas ao redor da Terra de avião.

O modelo exige um investimento inicial de R$ 258 milhões para instalação e operação, com uma receita total projetada de quase R$ 869 milhões. Além de restaurar a floresta, o projeto visa atrair investimentos para o Pará (estado sede da COP30, em 2025) e fortalecer políticas de desenvolvimento sustentável.

Impacto social e contrapartidas

O projeto prevê a geração de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos na região. Entre as exigências ao concessionário, estão:

 

  • Capacitação de mão de obra local;
  • Apoio a cadeias produtivas agroflorestais;
  • Parcerias para fornecimento de insumos, mudas e sementes.

Já as contrapartidas do estado incluem a implementação do Plano de Atuação Integrada (PAI), que abrange:

  • Regularização fundiária e ambiental;
  • Investimentos em segurança, infraestrutura, logística e comunicações;
  • Serviços públicos para as comunidades locais.

O governador enfatizou o papel pioneiro do Pará na criação de uma economia verde. “Estamos falando de 10 mil hectares que vão gerar 2 mil empregos e transformar áreas degradadas em florestas restauradas para o mercado de carbono e manejo florestal. É um modelo que alia combate ao desmatamento ilegal com geração de emprego e desenvolvimento sustentável.”

Barbalho destacou, ainda, que o Brasil só alcançará suas metas ambientais ao restaurar áreas degradadas e implementar projetos como o da URTX. “Lançamos o plano de restauro há um ano, e hoje publicamos o primeiro edital de concessão para restauração em área pública no Brasil”, celebrou Barbalho.

O edital de concessão da URTX estará aberto por 120 dias, e o vencedor será conhecido em março de 2025. Os documentos completos podem ser consultados nos sites da Semas e do Ideflor-Bio.


A cobertura do Canal Rural na COP29 tem o apoio de Sistema OCB, Portos do Paraná, Itaipu Binacional, ApexBrasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Governo Federal

 

canalrural.com.br  19/11/2024

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