A COP 30, que será realizada em Belém em 2025, representa uma oportunidade única para o Brasil reafirmar sua posição como potência agroambiental. No entanto, ao longo dos debates internacionais, muito tem se falado sobre as responsabilidades do agronegócio brasileiro, mas pouco sobre as suas contribuições reais para a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico do país. É hora de equilibrar essa narrativa e destacar o que ainda não foi amplamente discutido. Compartilho aqui alguns pontos que acredito que são essenciais estarem nos debates e conversas.

O agro como protagonista da regeneração ambiental

Muito se fala sobre a necessidade de preservação ambiental, mas pouco se discute sobre o papel ativo que muitos produtores rurais já desempenham na regeneração e conservação de áreas produtivas. Nas minhas fazendas, por exemplo, seguimos rigorosos critérios de sustentabilidade, garantindo a manutenção de reservas legais e adotando práticas de manejo responsável.

Regularidade fundiária e segurança jurídica para produtores

Outro ponto negligenciado nos debates internacionais é a segurança jurídica dos produtores. A falta de regularização fundiária e a instabilidade nas regras do jogo prejudicam quem busca produzir de forma legal. No Brasil, muitos empresários rurais enfrentam desafios diários para provar a legalidade de suas propriedades, mesmo quando possuem toda a documentação exigida.

Inovação e a nova geração do agro

A tecnologia tem revolucionado o agronegócio brasileiro. Hoje, falamos de fazendas altamente conectadas, rastreamento digital da produção e uso de inteligência artificial para otimizar o uso da terra. Esses avanços garantem eficiência e menor impacto ambiental. Porém, pouco se fala sobre como essa nova geração de produtores está transformando a maneira como produzimos e exportamos, elevando o Brasil a um novo patamar de competitividade global.

O Brasil como pilar da segurança alimentar global

O mundo precisa de alimentos, e o Brasil tem um papel crucial na segurança alimentar global. Enquanto se discutem restrições ao agronegócio nacional, poucos lembram que o país alimenta milhões de pessoas ao redor do mundo. Temos potencial para aumentar nossa produção de forma sustentável, garantindo que o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico seja respeitado.

Fonte: Assessoria Sidney Zamora Filho

opresenterural.com.br 12/05/2025