Gastrite Equina: Um Desafio Crescente no Mundo Equestre
Condição inflamatória afeta a saúde e desempenho dos cavalos, exigindo atenção especial no manejo e tratamento
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A gastrite, inflamação da mucosa gástrica, está se tornando um problema cada vez mais comum no mundo equestre. Essa condição, que pode ser aguda ou crônica, impacta diretamente a saúde, o bem-estar e a performance dos equinos, afetando animais de todas as idades.
De acordo com Fernanda Ambrosino, médica-veterinária e gerente de produtos da linha de equinos da Ceva Saúde Animal, a gastrite nos cavalos pode ser causada por uma série de fatores, incluindo manejo alimentar inadequado, estresse recorrente, sobrecarga de trabalho, uso frequente de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), disfunções odontológicas e infecção por Helicobacter spp. “Um aspecto fisiológico importante é o tamanho reduzido do estômago do cavalo e sua baixa capacidade de armazenamento. O alimento passa rapidamente pelo estômago, que frequentemente permanece vazio. No pastejo natural, onde os cavalos têm acesso contínuo a forrageiras e passam cerca de 60% do tempo comendo, o estômago raramente fica vazio”, explica Ambrosino. A presença constante de alimento forma uma camada protetora que protege a mucosa gástrica da ação do ácido, prevenindo irritações e inflamações.
Com o aumento de animais estabulados, os casos de gastrite estão se tornando mais frequentes e têm impacto significativo na saúde e bem-estar dos equinos, além de afetar o desempenho dos cavalos atletas. Se não diagnosticada e tratada adequadamente, a gastrite pode evoluir para úlceras, resultando na Síndrome da Úlcera Gástrica Equina (EGUS). Os sinais clínicos comuns incluem perda de apetite, salivação excessiva, inquietude, cólicas leves recorrentes, diarreia e queda no desempenho. Em alguns casos, a dor e dificuldade para se alimentar podem levar à perda de peso.
O diagnóstico é baseado nos sintomas e no histórico de saúde do animal, além de exames de imagem como a gastroscopia, que ajudam a determinar a gravidade e a extensão das lesões gástricas. Ambrosino ressalta a importância dos anti-inflamatórios não seletivos, como os AINES, que são frequentemente utilizados em cavalos atletas durante períodos de treino intenso ou recuperação de lesões. “Quando esses anti-inflamatórios não são seletivos para a COX-2, como o firocoxibe, podem provocar gastrite. Portanto, é recomendada a utilização de firocoxibes para evitar esses problemas”, alerta.
Quando não se pode utilizar inibidores seletivos da COX-2, é aconselhável associar o tratamento anti-inflamatório com protetores gástricos. Os medicamentos à base de Omeprazol, como o Gastrozol® Pasta, são especialmente eficazes. Esses medicamentos atuam na inibição da bomba de prótons, reduzindo a produção de ácido gástrico e aliviando a irritação da mucosa. “Além da medicação, é crucial identificar e reduzir os fatores causadores da gastrite para prevenir recidivas”, destaca Ambrosino.
A administração de medicamentos de forma prática e precisa também é fundamental para o sucesso do tratamento. O Gastrozol® Pasta está disponível em uma bisnaga com seringa graduada, o que facilita a aplicação direta na boca do animal e garante a dosagem correta, minimizando desperdícios e riscos de subdosagem.
Manter a qualidade e precisão no tratamento é essencial para a saúde e desempenho dos cavalos campeões.
Fonte: Portal do Agronegócio
29/07/2024
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