Entretanto, algumas lideranças se opõem ao acordo, como é o caso do presidente francês, Emmanuel Macron, pressionado pelos agricultores locais. Diante disso, a pecuária brasileira tem passado por um imbróglio com a rede de supermercados Carrefour, que recentemente declarou que as unidades da França não vão mais comprar carnes do Mercosul.
Além disso, às vésperas da assinatura do acordo ainda existem algumas questões.
Caso seja assinado, o pacto firma que a União Europeia deve zerar tarifas que atualmente incidem sobre 92% das importações vindas da América do Sul em um período de até dez anos. Por outro lado, o Mercosul vai acabar com 72% dos tributos sobre produtos comprados do bloco europeu também em até dez anos. Em 15 anos, deverá alcançar 91%.
No setor agrícola, cerca de 82% do que a UE importa do Mercosul deverá zerar a tarifa em até 10 anos. Neste tempo, 67,4% das compras do Mercosul vão ficar sem taxas. Além disso, o acordo engloba cotas para produtos específicos, como:
- Carne bovina – 99 mil toneladas.
- Frango – 180 mil toneladas por ano a mais;
- Açúcar – 180 mil toneladas;
- Etanol – 450 mil toneladas para uso industrial e 200 mil toneladas para uso geral.
Também existirá flexibilização quanto à regra de origem. Isso significa que todos os produtos comercializados no acordo podem ter maior volume de componentes importados.
Para a indústria, a União Europeia vai zerar os encargos das importações vindas do Mercosul em um período de dez anos. Neste período, 72% dos produtos industrializados no caminho contrário devem ter os impostos reduzidos, o que subirá para 90,8% em 15 anos.
Outra questão é que o Uruguai sinaliza a possibilidade de negociar acordos de comércio bilaterais por fora do bloco, caso as negociações não avancem entre União Europeia e Mercosul.
Fonte: DATAGRO
25/11/2024