Com surgimento de primeiros casos, ferrugem asiática exige atenção redobrada dos produtores de soja
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Com grande parte das lavouras de soja no Brasil já em fase de desenvolvimento vegetativo ou avançado, dependendo da região, o manejo fitossanitário assume um papel ainda mais crucial. Entre as doenças que mais ameaçam a cultura está a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, caracterizada por sua alta agressividade e capacidade de ocorrer em diferentes estádios do ciclo da soja.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, até o momento foram confirmados 19 casos de ferrugem asiática em lavouras comerciais, com 14 registros no Paraná, quatro em São Paulo e um em Minas Gerais. A maior parte dos casos foi detectada em soja no estádio R5, fase de enchimento de grãos, considerada altamente sensível a estresses bióticos e abióticos. Além disso, há relatos de presença de esporos do fungo em áreas agrícolas próximas, reforçando a necessidade de intensificar o monitoramento e adotar práticas de controle em regiões vulneráveis.
O manejo eficiente da ferrugem asiática começa com ações preventivas, como a aplicação de fungicidas no momento adequado, o uso de cultivares resistentes e o escalonamento do plantio para reduzir os riscos de infecção. Detectar precocemente a presença do fungo é essencial para evitar danos severos e preservar o potencial produtivo da cultura. Para garantir um controle eficaz, é indispensável que os produtores mantenham um acompanhamento constante das condições climáticas e da saúde das plantas, iniciando as intervenções fitossanitárias antes que a doença se manifeste.
Ferrugem asiática
A ferrugem asiática pode afetar a produção em qualquer fase de desenvolvimento da cultura, com perdas que podem chegar a 90% nos casos mais severos. O impacto depende da intensidade da doença, do momento em que ela atinge a planta e da suscetibilidade da cultivar utilizada. Embora as condições climáticas atuais favoreçam o desenvolvimento das lavouras em boa parte do Brasil, a combinação de chuvas regulares com temperaturas amenas também cria um ambiente propício para a disseminação do fungo, o que exige maior monitoramento e controle preventivo.
Para que o fungo infecte a planta, é necessário um período mínimo de seis horas de molhamento foliar – presença de água livre nas folhas – sendo o risco máximo de infecção registrado entre 10 e 12 horas de umidade contínua. As temperaturas ideais para a infecção estão na faixa de 18°C a 26,5°C, conforme estudos recentes.
cenariomt.com.br 20/12/2024
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