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Brasil pode atingir 200 plantas de biometano até 2032 e suprir mais de 10% da demanda nacional de gás natural

Brasil pode atingir 200 plantas de biometano até 2032 e suprir mais de 10% da demanda nacional de gás natural

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O Brasil caminha para uma verdadeira revolução energética com a previsão de alcançar 200 plantas de biometano até 2032, capazes de produzir 7,92 milhões de metros cúbicos por dia. O volume representa mais de 10% da demanda nacional de gás natural registrada em 2024, conforme destacou Talyta Viana, Coordenadora Técnica Regulatória da ABIOGÁS (Associação Brasileira do Biogás), durante evento que marcou o lançamento da Fenasucro 2025, realizada ontem (15) em Sertãozinho (SP).

Segundo Viana, esse crescimento será impulsionado principalmente pelo setor sucroenergético, que deve liderar a nova onda de projetos no país. “Dos empreendimentos previstos até 2032, 52% utilizarão resíduos da cana-de-açúcar como vinhaça, torta de filtro, e até bagaço e palha, que estão em estudo para viabilização tecnológica”, afirmou.

O Brasil já possui uma base sólida no setor. São mais de 1.300 plantas de biogás espalhadas pelo país, a maioria delas para autoconsumo. No mercado específico de biometano — gás purificado com mais de 90% de metano — há atualmente 35 plantas em operação, sendo 12 autorizadas para comercialização pela ANP e 23 voltadas ao consumo interno das indústrias, que dispensam autorização regulatória.

Os números indicam uma rápida expansão. Só os projetos em fase de autorização hoje já somam 1,4 milhão de metros cúbicos por dia adicionais de capacidade. Em paralelo, a ABIOGÁS estima um potencial de curto prazo de 35 milhões de metros cúbicos diários, 75% dos quais oriundos do setor sucroenergético, destacando-se a vinhaça e a torta de filtro como fontes principais.

Oportunidades

Esse avanço no uso do biometano também oferece oportunidades em setores estratégicos, como o transporte pesado. “Com biometano, podemos reduzir em mais de 90% as emissões de gases de efeito estufa em veículos pesados, como caminhões que transportam etanol, gerando ganhos ambientais e financeiros com a venda de créditos de carbono (CBIOs) e certificados de origem (CBOCs)”, explicou Talyta.

O impacto econômico é significativo. Hoje, o país importa grandes volumes de combustíveis fósseis. Viana afirmou que, se todo o potencial de biometano do país fosse aproveitado — cerca de 120 milhões de metros cúbicos por dia —, seria possível substituir quase duas vezes a demanda atual de gás natural e mais de três vezes a importação de gás liquefeito de petróleo (GLP) e diesel.

A especialista reforçou que o biometano tem o poder de descentralizar a matriz energética nacional, permitindo a chegada do gás a regiões onde o gás natural ainda não chega. “Nosso objetivo é ser complementar, não concorrente, e fortalecer a autonomia energética do Brasil, gerando emprego, renda e valor agregado no campo e na indústria”, concluiu.

Fonte: Fábio Palaveri – Visão Agro

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