A sigla ESG, que reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança, ganhou uma nova letra, a E de econômico. Essa mudança reflete a crescente importância do aspecto econômico para a sustentabilidade.

No Brasil, a sigla ESG vem ganhando espaço. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) lançou em 2022 um guia para a divulgação de informações ESG pelas companhias abertas. O guia estabelece diretrizes para que as empresas informem sobre suas práticas de sustentabilidade, incluindo informações sobre meio ambiente, social e governança.

Impactos econômicos das questões ESG

As questões ESG podem impactar o resultado financeiro das empresas de diversas formas, tanto positivas quanto negativas.

Do lado positivo, as empresas que adotam práticas sustentáveis podem reduzir custos, aumentar a produtividade e melhorar a reputação. Por exemplo, uma empresa que adota práticas de eficiência energética pode reduzir seus custos com energia. Uma empresa que investe em treinamento e desenvolvimento de seus funcionários pode aumentar a produtividade. E uma empresa que adota práticas de transparência e ética pode melhorar sua reputação.

Do lado negativo, as empresas que não adotam práticas sustentáveis podem enfrentar riscos, como multas, sanções e perda de clientes. Por exemplo, uma empresa que desmata uma área de floresta pode ser multada pelo governo. Uma empresa que polui o meio ambiente pode ser alvo de sanções de consumidores e reguladores. E uma empresa que pratica corrupção pode perder clientes.

O futuro das empresas ESG

Foto: Envato

A tendência é que a importância das questões ESG continue a crescer no futuro. À medida que os investidores, consumidores e reguladores se tornam mais conscientes da importância da sustentabilidade, as empresas que não adotarem práticas sustentáveis terão cada vez mais dificuldade para competir.

O Brasil tem um potencial importante para se tornar um líder global em ESG. O país tem uma grande biodiversidade e uma população jovem e preocupada com o futuro do planeta. As empresas brasileiras que adotarem práticas ESG de forma pioneira poderão se beneficiar de oportunidades de mercado e de investimentos.

Em entrevista ao Planeta Campo desta segunda-feira (29), a consultora de sustentabilidade, Sonia Consiglo explicou que a inclusão da letra E, a sigla, tornando-se ESG+E, é uma forma de reconhecer que as questões sociais e ambientais impactam diretamente o resultado financeiro das empresas.

“Quando a gente tem um desastre ambiental, uma crise social, isso impacta na reputação, na imagem e no resultado da empresa”, disse Consiglo. “Por outro lado, também existem oportunidades em torno da sustentabilidade, como os investimentos em títulos verdes e sociais.”

A especialista também destacou que as regras internacionais estão cada vez mais focadas na sustentabilidade.

“Na União Europeia, por exemplo, produtos que não sejam sustentáveis não podem ser comercializados”, afirmou.

Planeta campo.com.br 30/01/2024