Anestesia inalatória proporciona segurança durante procedimentos cirúrgicos em equinos
No âmbito da medicina veterinária, a anestesia inalatória destaca-se como uma técnica fundamental, desempenhando papel crucial em procedimentos cirúrgicos. Neste artigo, analisamos não somente a eficácia da técnica, mas também os benefícios da sua aplicação em equinos
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A administração de agentes anestésicos inalatórios redefine a experiência do paciente. O Isoflurano é administrado por meio da sonda endotraqueal e é rapidamente distribuído pela corrente sanguínea para outros tecidos, incluindo o cérebro, assim o ativo desencadeia o efeito desejado.
A anestesia inalatória oferece segurança tanto para o animal quanto para o médico-veterinário, isso ocorre devido a rápida absorção, distribuição e eliminação do Isoflurano, com baixíssima taxa de metabolização hepática (cerca de 0,2% de taxa de metabolização), de forma que é excretado praticamente inalterado pelos pulmões, permitindo com que seja utilizado em grupos especiais como: animais jovens, idosos, com quadros de disfunção hepática, renal ou cardíaca, tendo em vista que a maior parte dos fármacos de indução anestésica injetáveis dependem do metabolismo hepático e eliminação renal, sendo uma grande desvantagem para animais que se enquadram nos grupos especiais citados anteriormente. Além disso, essas características permitem a segurança para o veterinário devido a facilidade na manutenção da profundidade anestésica e na recuperação ágil.
O anestésico inalatório não é utilizado de forma isolada, sendo necessário um protocolo anestésico adequado, com demais produtos que ofereçam, juntos, a inconsciência, relaxamento muscular e analgesia adequadas para o procedimento em questão. O Isoflurano isoladamente não possui propriedade analgésica. É importante reforçar que o protocolo anestésico deve ser sempre definido caso a caso. A escolha do agente anestésico é crucial para a redução dos riscos de complicações no paciente, tornando-se um elemento fundamental para a segurança do procedimento. Diferentes agentes apresentam características distintas e a seleção depende do tipo de procedimento, duração desejada da anestesia e condições de saúde específicas do animal.
Após o procedimento, é essencial assegurar a recuperação do animal em relação à anestesia. Este cuidado contínuo promove a transição suave do estado anestesiado para a plena recuperação pós-procedimento. A utilização de anestésico inalatório permite recuperação mais rápida e calma em relação aos anestésicos injetáveis.
Portanto, precauções individuais devem ser meticulosamente observadas. A consulta ao veterinário especializado e a adesão às melhores práticas de anestesia tornam-se fundamentais para a segurança e o bem-estar dos animais durante esses procedimentos, proporcionando uma abordagem personalizada e cuidadosa em cada situação.
Por: Monique Hoffmann, médica-veterinária e coordenadora da linha de produtos de grandes animais da Syntec do Brasil e Julia Bogik, auxiliar de marketing da linha de produtos de grandes animais da Syntec do Brasil.
Fonte: Texto Comunicação
Portal do Agronegócio 28/02/2024
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