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Mato Grosso recebe mais de R$ 150 mi em investimentos para a agricultura familiar

Mato Grosso recebe mais de R$ 150 mi em investimentos para a agricultura familiar

Recurso anunciado pelo Mapa será investido em projetos voltados para a capacitação, estruturação da produção e comercialização

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Mais de R$ 150 milhões em projetos voltados para impulsionar a agricultura familiar em Mato Grosso nos próximos meses foram anunciados nesta sexta-feira (13). O recurso é voltado para ações que vão desde a capacitação dos produtores à estruturação da produção e a comercialização dos produtos.

A destinação do recurso para o estado foi realizada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em Várzea Grande (MT).

Os projetos, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), contemplam diferentes públicos de agricultores familiares, povos indígenas, assentamentos e pequenas comunidades rurais, além do empreendedorismo no campo.

Unidade da Embrapa da Baixada Cuiabana

Em outubro foi apresentado o projeto da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Nossa Senhora do Livramento. Chamada de Embrapa da Baixada Cuiabana, a entidade de pesquisa irá atuar em conjunto com outras instituições e terá foco no desenvolvimento da agricultura familiar e culturas locais, como a fruticultura, olericultura, mandiocultura, piscicultura, entre outras. Ao todo R$ 48 milhões serão injetados na instalação da unidade de pesquisa.

O Ministério pontua ainda que cerca de R$ 5 milhões serão investidos em Nossa Senhora do Livramento, em parceria com a prefeitura, na melhoria do acesso ao local com a pavimentação asfáltica das estradas da localidade.

Recuperação de áreas degradadas na agricultura familiar

Durante o anúncio dos investimentos na agricultura familiar mato-grossense, foi lançado o projeto Solo Vivo, que visa a recuperação de áreas degradadas no âmbito da agricultura familiar. A ação é uma parceria do Mapa, com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).

O projeto deverá ser aplicado em assentamentos e comunidades rurais de dez municípios no estado e terá aporte total de R$ 28,3 milhões.

Ainda em parceria com o IFMT, outro projeto foi lançado voltado para a segurança alimentar dos povos indígenas. Nela serão injetados R$ 2 milhões para a para a capacitação da etnia Tapirapé para a produção de alimentos e geração de renda. Na mesma vertente, um convênio foi firmado com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no valor de R$ 12 milhões para ações de desenvolvimento da área e agregação de valor à cadeia produtiva junto aos indígenas da etnia Xavante.

Também foi anunciado o projeto Alimentar, que contempla a implementação de três hortas solidárias na região da Baixada Cuiabana com capacitação de famílias em situação de vulnerabilidade para produzir em sistema de produção agroecológica no meio urbano e contribuir no combate à insegurança alimentar com fornecimento de produtos com alto valor nutricional.

Sustentabilidade e abatedouro em Acorizal

Em conjunto com a Fetagri-MT, o Ministério irá disponibilizar kits para geração de energia fotovoltaica em assentamentos rurais de Mato Grosso. Ao todo, são 140 famílias atendidas em 10 municípios com recursos que totalizam R$ 1,6 milhão.

Em convênio com as prefeituras, que somam aproximadamente R$ 15 milhões, nove cidades mato-grossenses serão contempladas com maquinário como escavadeira, caminhão caçamba, motoniveladora, entre outros, para que os municípios possam fomentar a atividade agropecuária em seus territórios.

No que tange a comercialização dos produtos, foi anunciada a construção de um abatedouro de caprinos e ovinos em Acorizal, fruto da parceria entre o Mapa e o município. A iniciativa, que está na fase final de análise para aprovação do projeto e celebração do convênio, contará com investimentos superiores a R$ 7 milhões e terá capacidade para abater entre 200 e 300 animais por dia. O projeto visa eliminar os abates clandestinos, gerar empregos, abrir novos mercados para a comercialização de alimentos de origem animal e fomentar a produção agropecuária de pequeno e médio porte.

canalrural.com.br    13/12/2024

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